O povobrasileiro é realmenteexcepcional, pois conseguiu reeditar, emtermosmodernos e democráticos, a condiçãohistórica de Jesus de Nazaré. Agora a verdadenão se revelou pormeio de línguas mortas e pretéritas, porintermédio de traduções equivocadas e confusas da Bíblia. Nostemposmodernos, Cristo foi eleito graças à mídia e aos milhões de telefonemas e cliques na Internet.
É fato, porém, que a democraciaainda apresenta suasimperfeições. No passado, o Redentor teve maisprestígio: emseunome houve Cruzadas, sangrentosconflitosreligiosos, extermínio de indígenas e outras iniciativas maravilhosas da humanidade, que procurava elevar o nome do Salvador. Nosdias de hoje, ao contrário, Cristo teve que se contentarcomumterceirolugar. À suafrente estão a Muralha da China, estefenômeno mundial que se expande com pastéis e bugigangaspiratas, e Petra, na Jordânia, cujaescolha constitui umindício da força representada poraquelespovosterroristas vindos do OrienteMédio.
O bom de tudoisso é que os europeus e norte-americanos ficaram fulos. Andaram dizendo, inclusive, que o Brasil só ganhou portermais de 180 milhões de habitantes, o que prejudicou paísescomo a Espanha e a Grécia, cocozitos populacionais. Quemmandou se reproduzirem pouco?! A França contestou o númerototal de votos, insatisfeita que está com a não-eleição daquele esqueleto de lataqueeles chamam de Torre. Os Estados Unidos, coitados... a Estátua da Liberdade, bem-representada nas iniciativas “libertárias” dos últimos 20 presidentesnorte-americanos, não conseguiu chegarnemperto.
Devo admitirquenão votei nem votaria no Cristo. Nãoqueeunão goste deles (do bíblico e da estátua). Tambémnão é porantipatia à cidade do Rio de Janeiro, afinal tenho orgulho de ser são-cristovense e carioca. Sei que poderá parecerexagero, mas a eleição do CristoRedentor, obraque demorou poucomais de cincoanosparaser finalizada, expressaumpouco do que somos: uns preguiçosos deslumbrados. Queremos termaravilhas, queremos sermaravilhosos, masnos esforçamos muitopoucoparaisso. O quevale, no fundo, são as aparências e as opiniões elogiosas da gringalhada espertalhona.
E o Lula, hem? Do jeitoqueelegosta do Rio e do Brasil, deve ter votado secretamente no monumento ao Imigrante Italiano.
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