sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sobre o adesismo de Eduardo Paes

Amigos, tanto no passado, como no presente, foi e é praticamente impossível não dividir a esquerda. É lamentável, mas creio ser uma cristalina verdade (talvez numa Guerra, quem sabe?)

Desculpem a sinceridade, mas se figuras como Eduardo Paes crescem no Rio, isto deve-se, além dos méritos dele e da direita (sejam quais forem - o poder econômico, certamente), à postura dos partidos e personagens da esquerda. O texto que encabeça este fórum fala de Eduardo Paes como se ele flutuasse sobre nossa realidade. Ora, Lula pode até não gostar do ex-menudo de César Maia, mas o fato é que as alianças "sem critérios", feitas pelo governo petista desde o primeiro ano de mandato, abriram essa janela para o inferno. Lula apóia Cabral, que apóia Paes, que é contra Crivella, apoiado por Lula que também simpatiza com Jandira, mas que oficialmente tem Mollon como candidato. No final das contas, o presidente Cefalópode e seus amiguinhos querem continuar no poder a qualquer custo.

A indisposição do chefe do Executivo federal com o candidato do PMDB é meramente pessoal, talvez em função dos ataques feitos a Fábio Luís Lula da Silva (que não era necessariamente inocente naquela história do enriquecimento às custas de favorecimentos oficiais). Não custa lembrar que PMDB e PSDB nunca chegaram a ser um problema para o governo petista, afinal o presidente do Banco Central é um tucano de carteirinha e o Sarney tem a liberdade de uma gazela no Palácio do Planalto.

Enquanto a esquerda continuar contando meias verdades para esconder suas falhas grosseiras e para posar de "boa moça", não chegaremos a lugar nenhum. Afinal de contas, a direita faz issomuito tempo, com muito mais sofisticação e dinheiro.

Que o Rio supere estas dificuldades. E se tiver que ser um candidato da esquerda, que seja realmente progressista e coerente. Esquerda como mero rótulo, vermelho por fora mas podre por dentro, não serve. Desta estamos mais do que saturados!