sexta-feira, 18 de julho de 2008

Um tiro no pé

Antes fosse. Na pior das hipóteses ficaríamos como o Wagner Montes “de Estrume”, mancando por aí e falando uma porção de bobagens sobre o escraaacho da marginália e sobre a “necessáriapolítica de extermínio. Lembremos que este excelente ex-cantor e ex-jurado era o líder na intenção de votos da população carioca, o que demonstra uma certa (ou total) identidade do povão com o discursinho reacionário a respeito da segurança pública em nosso estado. Este é o problema: a população aplaude o policialCharles Bronson” da Praça da Paz, do 174, da favela da Coréia, mas depois quer reclamar dos pequenos excessos cometidos. Ora, a polícia é democrática, pois mata criança, mata refém e mata até a própria polícia. Mas uma pitadinha de democracia e teremos o policial perfeito, exterminando prefeitos e governadores cínicos, falastrões e corruptos. Seria um sonho!

Enquanto este sonho não deixa de ser pesadelo, temos que agüentar Sérgio “Álvares” Cabral tentando resolver tudo no gogó, em entrevistas flash realizadas nas centenas de enterros ocorridos nestes últimos tempos. Para todos os efeitos, a culpa não é dele nem do sr. Mariano Beltrame, afinal eles só pediram cadáveres com selo de qualidade e aprovação popular. Se os cadáveres não tiverem o SQAP, poderão provocar reações adversas no futuro eleitoral.


Até o presente momento pensávamos que o espectral prefeitoCzarMaia era o imperador dos factóides, mas nos enganamos redondamente. O pensionista da FETRANSPOR ocupou seu lugarmuito. Encoberto pelos fogos de artifício da violência, Cabral doa laptops aos mendicantes professores, faz visitinhas de bicicleta à França (argumentando que criará uma alternativa de transporte para Rio de Janeiro) e privatiza a saúde, fechando, inclusive, o Instituto de Infectologia São Sebastião, único do gênero em todo o estado.

A eleição do bom-menino Cabral e o clamor por uma segurança pública maislinha-dura” têm sido mais do que um tiro no ; têm sido uma incessante rajada de fuzil que, além de matar, iditiotiza a todos nós, cada vez mais.


Abraços

Marcio Faioderma